segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BRIZOLA TINHA RAZÃO, EM PARTE. O OPERÁRIO TEM RAZÃO, EM OUTRA PARTE: A ação contra o tráfico no Rio e a esquerda.

BRIZOLA TINHA RAZÃO, EM PARTE. O OPERÁRIO TEM RAZÃO, EM OUTRA PARTE:
A ação contra o tráfico no Rio e a esquerda.

Gustavo Arja Castañon


“Quem poupa o lobo, condena à morte as ovelhas”


Victor Hugo


Caros companheiros da esquerda brasileira, quero dizer diretamente, que eu, carioca, não compartilho com a indignação de parte de vocês com os acontecimentos dos últimos dias no Rio.
Eles são fruto de duas coisas bem conhecidas de todos. A primeira, que só a educação pode mudar o futuro. Brizola falava quase trinta anos atrás: “Vamos cuidar de nossas crianças!”, “vamos tirá-las das ruas, dar-lhes educação em tempo integral”. Ele construiu 500 Cieps. A direita achou o programa muito caro. A classe média achou o programa muito caro. O Garotinho achou o programa muito caro. O PT achou o programa muito caro. Destruíram seu legado. Tai o preço que o futuro cobrou. O “Zeu” é uma das crianças que o Brizola queria educar e ninguém deixou.


Brizola tinha razão.


A outra causa é também bem conhecida de todos. Não se resolve o crime já instaurado com educação, com ONGs, com discurso. A educação não pode mudar o presente. O mal armado, violento, rancoroso, lucrativo, às vezes psicótico, tem que ser enfrentado com repressão. Repressão armada. Você que está lendo sabe disso. A ação repressiva do estado ao crime, é tão expressão de democracia quanto um processo eleitoral. Democracia é lei. É direito. Não é liberdade para cercear a liberdade de inocentes. A esquerda tem que parar de tratar toda e qualquer ação repressiva da polícia como repressão econômica, política e social. Isso é repugnante moralmente. Isso afasta o eleitorado trabalhador de nós, e é confundido com apologia e cumplicidade com o crime.


Brizola não tinha razão.


E pagou o preço político por estar errado nisso.
O debate destes dias no Brasil é fruto do confronto de duas visões de justiça, na minha opinião, totalmente perversas. A primeira, geralmente da esquerda, tem o foco na recuperação do marginal, preocupado com as condições de injustiça que levaram ele até onde ele está. A segunda, geralmente da direita, tem o foco na repressão ao crime para manter uma paz sem justiça, que sustente as estruturas da falta de distribuição de renda e oportunidades. É a política da vingança contra quem tira o sono da classe média alta.
Eu chamo a primeira de satânica, e a segunda de fascista. E eu vou dizer porque uso o termo ‘satânico’: é porque diante do assassinato, roubo e estupro de pessoas inocentes, dirige seu olhar não para as vítimas, mas para o coitado que se desumanizou (se não era psicopata), que se tornou um demônio criminoso. A identificação é com o demônio, não com a vítima.
O que justifica o cerceamento da liberdade de um indivíduo é somente o cerceamento da liberdade de outros indivíduos. Um criminoso cerceia a liberdade e o direito de outros indivíduos para exercer seus desejos, portanto, em nome da liberdade e dos direitos dos outros cidadãos, seus direitos, e às vezes, sua liberdade, são cerceados. Tudo além disso, é autoritarismo.
A prioridade da justiça e do aparelho repressivo do estado não é recuperar um único criminoso pra sociedade, isso é secundário. A prioridade é garantir a liberdade e a segurança dos milhares de seres humanos que ele ameaça com sua existência degenerada. Aquelas injustiças que ajudaram ele a se degenerar, quando não foi o gene (3% da população é de psicopatas), a gente luta pra mudar. Mas com os já degenerados, só a repressão. Qualquer coisa que não seja isso, está condenando as vítimas. Como dizia Victor Hugo, em "Os Miseráveis": "Quem poupa o lobo, condena à morte as ovelhas".
Diante de um criminoso contumaz, o que interessa o que deixou ele assim? Isso interessa para nossas crianças, como dizia o Brizola. O principal investimento em segurança é em educação. É, um dos dois. É o do futuro. O do presente, é a repressão daqueles que traficam, estupram e assassinam, e que nada mais pode mudar. E se pudesse, que importa? O que importa são os inocentes que estão sendo estuprados e mortos. O foco é a liberdade de todos, e não a condição daquele que está cerceando isso.
Lamento pelas mortes inocentes (de policiais e moradores) nas favelas nesses dias de incursão. É claro. É óbvio. Não é discurso inverossímil de quem não se importa com ninguém nem na hora do voto. É por essas pessoas que eu luto toda eleição.
Mas o Governo Sérgio Cabral e o Governo Lula têm que ser apoiados por estarem tentando enfrentar de frente o problema da repressão ao aparelho do crime organizado. O quanto esta política é efetiva ou está correta, nós temos que discutir. Mas nós estamos sim em guerra civil, há muito tempo, não foi a Globo ou o Bispo Macedo que inventaram isso. Quando a polícia sobe morro, os cidadãos da classe D e E correm mais riscos, quando marginal assalta e rouba no asfalto, cidadão da classe C e B corre mais risco. A culpa, nos dois casos, não é da polícia, é dos marginais.
O Governo Sérgio Cabral tem que ser criticado por uma falta de política para o futuro, que é a educação. O Governo Lula, apesar de tudo que melhorou na educação brasileira, também não priorizou a educação básica.
Mas a crítica por o Governo Cabral E O GOVERNO LULA terem começado pela zona sul o programa das UPPs e da invasão do estado, é também equivocada. O governo tinha que começar pela zona sul sim. Por três motivos. Primeiro, porque É A REGIÃO MAIS DENSAMENTE POVOADA DO RIO. Rico e classe média também é gente. Segundo, nós temos uma copa do mundo e jogos olímpicos para organizar. Podemos ser um dos maiores destinos turísticos do mundo. Isso é renda e desenvolvimento. Temos que acabar com a insegurança nas regiões turísticas do Rio. Terceiro, porque, no Rio, tem que varrer os marginais do centro pra periferia. O centro da cidade do Rio, geograficamente, é na ponta do território. Se a ação começa pela periferia, o crime se concentrará no centro (na ponta), que é mais densamente povoado e economicamente mais vital.
Não vamos mergulhar no delírio de que a Globo e a Record estão inventando o apoio dos moradores. Quando a polícia entra, esculacha, e depois vai embora, é claro que eles são contra, porque pra eles só tem a tragédia sem o benefício. Também é claro que num universo de mais de 300 mil sempre haverá ao menos 30 contra. Mas se o estado promete ficar, Deus, é tudo o que estes trabalhadores querem.
E chega de criminalizar a polícia, instituição. Chega. Isso é uma perversão. Se a polícia é corrupta, então as ONGs são corruptas, a Justiça é corrupta, o ministério público é corrupto, o governo é corrupto, a igreja é corrupta. Não. Corruptos são pessoas. As instituições são uma abstração. A polícia não é corrupta em essência, ela existe para combater formas de corrupção.
A esquerda brasileira é neste ponto tão equivocada, que muitas vezes chega a declarar que entende a reação violenta de um criminoso, mas jamais da polícia. Que essa não tem o direito de decidir quem deve morrer. Engano. Nossa lei dá esse direito. É simples: deu voz de prisão, resistiu, têm. Atirou contra a polícia ou as forças do Estado, têm. Ou o policial é o único trabalhador que deve aceitar a morte sem reagir? Meu Deus, quanta inversão de olhar.
Eu não sei se os policiais são heróis. Sei com certeza que muitos são o contrário. Mas eu sei de uma coisa, com certeza, adivinhem só: O POLICIAL É UM TRABALHADOR! E que trabalhador! Eles são as pessoas mais massacradas de toda nossa sociedade, pobres usados como buchas para assegurar a ordem de uma paz sem justiça, escrotizados como vilões assassinos pela maioria da esquerda, explorados como lixo humano pela maioria da direita, e garantindo o pouco de ordem que temos. Deus tenha piedade da alma destes homens que colocamos no esgoto por nós.
Parabéns trabalhadores da polícia, trabalhadores do exército, trabalhadores do Alemão, parabéns Governador Sérgio Cabral, parabéns Presidente Lula. Talvez o operário, trabalhador, ex-morador de comunidade carente que ensinou a direita a governar, ensine também os intelectuais de esquerda a pensarem diferente sobre política de segurança. Ou não é só a direita arrogante demais pra aprender com um operário?
Texto extraído daqui.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A entrevista de Lula aos blogueiros

Claro & Oscuro

Por Eduardo Simch

Consuelo desde menina ordenava e era servida por vários empregados adultos e submissos. Não entendeu quando a porta foi arrombada e Pancho gritou: podem charquear as cadelas. Pétreo era o olhar da velha mãe de Consuelo, pois o homem trazia o coronel, seu marido pelos cabelos, apenas a cabeça do velho. Todos os empregados festejavam junto aos revolucionários. A filha Natália de sete anos agarrou-se nas pernas da mãe apavorada pelo rastro de sangue. Consuelo sentiu o hálito de tequila do bandoleiro que arrancou a criança de si. O disparo de arcabuz fez cair o reboco do teto balançando o lustre de cristal. Poupem as crianças, ordenou Emiliano.  Pancho saiu da sala arrastando a mãe de Consuelo seminua. O resto do bando o seguiu. Todos os homens da família e fiéis serviçais foram decapitados. Emiliano Zapata, Consuelo e a menina ficaram sós na grande sala. A mulher abriu os botões e deixou o vestido cair revelando um belo corpo. Emiliano a olhava nos olhos, Consuelo mantinha o olhar. O revolucionário virou-se e saiu batendo a porta atrás de si, deixando mãe e filha abraçadas. 

sábado, 20 de novembro de 2010

Dentes e formigas

Brancaleônica guerrilha, heróica, poética, visionária, pretenciosa, ingênua, torturada e mártir. Otilha,19 anos. Recorde,140 horas sem cantar. O sangue escorria, os pedaços ficavam no ralo entupido de cacos, cascas de banana e centenas de pontas de cigarros. Para de fumar tenente!
"Dói mais em mim do que em ti," disse o canalha. Nunca esqueci o olhar, não o do verme, o da moça, é o mesmo de hoje. Contei 16 pauladas nas costas com um 8x8, pedaço de pau de 8cm X 8cm usado para espancar presos, ela vomitava mas não dizia palavra. Adiantavam o relógio, pois 24 horas sem comunicação a guerrilha saia do "aparelho".O preso resistia 24hs e aí podia falar q ninguém seria pego. Ciente da maracutaia dos torturadores, perdida no tempo mas firme no caráter sofreu horrores e não cantou. 140 horas.Taquiupariu!! Tosca e coberta de zinco é a Cadeira do Dragão. Uma ponta do fio foi enrolada no canino e a outra introduzida na vagina. Lá vem a "maricota". Urro apavorante, urina, fezes, lágrimas e sangue. Oito vezes. O chorume trouxe a baga de cigarros, algemado peguei e mastiguei. Amarga é a vida. Abri os olhos em dois minutos, Otilha passava a mão na minha cabeça.Vestia um casaco de fatiota puído sobre o corpo nu."Seis dias," falou. "Dois minutos" discordei."Seis dias" enfatizou com lábios esborrachados de pancadas. "Porque continuo algemado" quis saber. Otilha chorou. "Abraça os joelhos" disse "Branco" e passou o cano de ferro entre meus braços e pernas. Pau de Arara. Olhava no chão uma coluna de formigas. O tenente lustrava os coturnos, Branco não cuidava os sapatos, não via além de um metro do chão. Dois dentes cairam por cima das formigas. Cocei a cabeça com as duas mãos, só então notei que estava sem algemas. "Água?" ofereceu o preso barbudo, bebi tudo."Que dia é hoje?" indaguei. "Nós vamos sair", disse o homem. "Sequestraram mais um embaixador", completou. Um metro e oitenta e três de altura e 53kg entrei no avião.

Eduardo Simch

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

OS “MISERÁVEIS” E O AUTOMÓVEL

por Laerte Braga

Uma jovem francesa de nome Sabrina foi trocada pelos pais como parte do pagamento por um carro usado. À época tinha 23 anos e hoje tem 30. Doente, foi deixada à porta de um hospital em estado lastimável. O fato não aconteceu no Irã, mas na França, na cidade de Melun.
O jornal francês LE POST cita os nomes dos proprietários do carro, Franck Franoux e Florence Carrasco. O valor estimado da prestação paga em forma de Sabrina foi de 750 euros, algo como 1 760 reais.
Sabrina viveu em cativeiro entre 2003 e 2006, acorrentada a um abrigo. Tomava conta dos filhos do casal, foi queimada várias vezes com pontas de cigarros, ferro quente, espancada com barras de ferro e obrigada a manter relações sexuais com outros homens que pagavam ao casal para isso (naturalmente por conta de outras prestações atrasadas).
Quando largada às portas de um hospital em Paris ela não tinha dentes, pesava 34 quilos e foi submetida a várias cirurgias para reconstrução de nariz, orelhas e ainda hoje se encontra em “estado físico e psicológico deploráveis”.
Os pais e os que receberam Sabrina em pagamento estão sendo julgados e podem ser condenados a até 15 anos de prisão, mas dependendo das tais prestações, quem sabe, a pena mínima é de dois anos.
Luís Carlos Prates é um comentarista da RBS/GLOBO em Santa Catarina. Segundo ele “esse governo espúrio popularizou o automóvel e quem nunca leu um livro tem um carro”. Comentava o número de acidentes e mortos no feriadão do dia 15 de novembro. O livro a que se refere deve ser MEIN KAMPF, o único que provavelmente folheou. Leu as orelhas, mas absorveu o espírito. Registre-se que o comentário foi em estilo furibundo, salvador da pátria, faltou só o anauê ao final.
Na opinião do distinto os onze mortos em acidentes no feriadão de finados e os vinte nesse da proclamação da República se devem a isso. Para Luís Carlos Prates as pessoas ficam desatinadas para sair a qualquer custo. Maridos que não se entendem com mulheres, ou vice versa, tentam, através do automóvel, vencer curvas invencíveis na frustração do casamento fracassado. Já imaginou ficar um feriadão olhando a cara metade, ou o cara metade? É o raciocínio do comentarista padrão global.
E é bem o padrão GLOBO, aquele do BBB onde o diretor tem o hábito de jogar água suja nas pessoas que julga vadias. Nem Lúcia Hipólito no dia que estava bêbada.
O comentário do cidadão está em
http://www.youtube.com/watch?v=uwh3_tE_VG4&feature=player_embedded

O prefeito da cidade de Detroit, a maior concentração da indústria automobilística em todo o mundo, está abrindo mão de 40% da área do município abandonada por desempregados hoje vivem em abrigos, nas ruas, em trailers, num país onde a taxa oficial de desemprego é de pouco mais de nove por cento, mas o governo nos bastidores admite que ultrapassa a vinte por cento. Qualquer semelhança com manipulação de números durante a ditadura militar ou o governo FHC não é mera coincidência.
É culpa da China.
A consultoria ECONOMATICA fez um levantamento sobre empresas na América Latina e nos EUA e concluiu que a PETROBRAS é a segunda maior empresa latino americana e nos EUA, com um patrimônio líquido de 175,5 bilhões de dólares.
O desespero do comentarista deve ser rescaldo da derrota de José FHC Serra. É que esse patrimônio foi recuperado pelo governo brasileiro e a perspectiva é que a empresa se torne a maior do setor petrolífero do mundo nos próximos anos.
Não vira PETROBRAX como queriam os tucanos.
Breve nos classificados de jornais de alto gabarito aquele anúncio troco filha loura, um metro e setenta, forma física de assombrar, carinhosa e meiga, faz serviços domésticos e de cama, por OPALA em boas condições, tratar pelo telefone 00000000.
O espetáculo “é o momento histórico que nos contém” (DEBORD).
E vai daí que, sem saída, o modelo falido, os norte-americanos decidiram apelar para a máquina de imprimir dinheiro, despejar toneladas de dólares verdadeiros/falsos mundo inteiro, no afã de recobrar o status de Disneyworld dos “miseráveis”, na falácia da “guerra do ópio” neoliberal.
Um relógio produzido em compartimentos segmentados de trabalho escravo, mão de obra barata e vendido na Quinta Avenida a não miseráveis que concentram todo o poder e riqueza do mundo, enquanto Obama finge que governa alguma coisa.
Leão desdentado é um trem, leão enfurecido é outra coisa, leão fracassado é um perigo maior ainda. O risco de perder a juba torna os EUA um conglomerado doentio e ameaçador.
No chamado vale do silício, na Califórnia, executivos de grandes empresas falidas na crise da soberba capitalista, abençoados por Bento XVI, como o fora por João Paulo II, passam o chapéu e alguns, os que aprenderam, ensaiam acordes em violões desafinados sem a menor sintonia com o sentido João Gilberto de ser.
As empresas? Imensos desertos varridos pela loucura dos arsenais capazes de destruir o mundo cem vezes.
O ser humano?
No filme O INCRÍVEL EXÉRCITO BRANCALEONE, de Mário Monicelli, o notável Vitório Gassman, quando percebe esgotadas todas as tentativas de ascender ao baronato, toma o rumo da Terra Santa. À frente um profeta e um sino à moda daquelas tropas de burros.
O problema todo é que a Terra Santa é propriedade privada do terrorismo sionista, escritura outorgada pelo Todo Poderoso, o deles evidente e lá se cobra ingresso para pedir perdão e para espetáculos de palestinos/palestinas sendo torturados, estuprados. Assassinatos custam um pouco mais caro, afinal os custos são altos e com a crise do patrocinador, os EUA, é preciso fechar o balanço no mínimo empatando a casa das despesas com a das entradas.
Se o distinto turista tiver sorte e dispuser de informações privilegiadas pode ser seduzido por uma agente do MOSSAD. Existem autorizações expressas na lei e nos fundamentos do sionismo para esse tipo de ação. O diabo é depois.
Acaba morto num quarto de hotel em Dubai.
Há anos atrás o programa GLOBO REPÓRTER mostrou uma simulação interessante produzida por um tevê norte-americana. Se todos os carros saíssem a um só tempo numa determinada cidade, acho que New York, nem haveria como chegar e nem haveria como voltar.
Cerca de 15% da população dos EUA teve dificuldades em colocar comida à mesa no ano de 2009. Passaram fome. Como registra Milton Temer, já imaginou se isso fosse em Cuba onde a saúde e a educação pública de boa qualidade alcançam a totalidade das pessoas?
O que a REDE GLOBO não faria?
Balela? Informação do próprio Departamento de Agricultura do governo do império.
Nos castelos de Wall Street tudo bem, lagosta.
Nos arredores de Detroit quem sabe calangos?
Será que a indignação do comentarista da RBS/GLOBO, assim como alguém que se revolta com uma baita injustiça foi a mesma quando o filho de um diretor da empresa da qual é empregado estuprou com alguns amigos uma colega?
Foi não, enfiou a viola no saco. A indignação com “miseráveis” andando de automóvel é puro preconceito e a dedução sobre maridos e mulheres insatisfeitos é patologia comum a globais de qualquer dimensão. No caso, ele é de quinta ou sexta.
Importante são as receitas de Ana Maria Braga e os passeios de Susana Vieira no shopping com os cãezinhos e o namorado.
Um dia, quem sabe não custa ter esperança, televisão brasileira chega a um estágio em que a debilidade mental que resulta do ódio e do preconceito não seja a regra. Sem robôs como Bonner e sem comentaristas do naipe de Luís Carlos Prates.
Olhe, houve um tempo que num só jornal se juntaram, Nélson Rodrigues, Sérgio Porto, Antônio Maria, Luís Jatobá, isso apesar de Flávio Cavalcanti, mas noutro canal.
Que pena, a invenção de Ford para as elites saírem do pesadelo das diligências acabou nas mãos de “brasileiros miseráveis”, por obra e graça de um governo “espúrio”.
Cretinice não é bem a palavra, nem canalhice, difícil mensurar.
Deve estar pensando em servir em São Paulo, em posição de sentido para o esquema FIESP/DASLU. Só pode. Ou então nas pessoas que comem por conta do “governo espúrio”. Medo de faltar caviar.

Texto pescado daqui.